A Pérola do Atlântico: Açores

17-06-2020

Foi no Verão de 1999 que pensei primeiramente em fazer uma viagem. Mas uma viagem para onde? Depois de muito refletir, cheguei à conclusão que, em Portugal, ainda me faltava conhecer uma região: os Açores. Depois de muitos preparativos, comecei a emalar as minhas coisas e tentei fazer uma reserva de avião. Foi então que recebi uma chamada telefónica do meu cunhado, piloto da força aérea, a perguntar se queria fazer-lhe companhia nas férias nos Açores. A minha resposta foi prontamente dada e aceitei de imediato. Logo depois de contactar a minha irmã, combinámos o dia e a hora. Na data acordada, dirigimo-nos ao aeroporto de Lisboa e fomos embarcar num C-130, cheio de militares portugueses, com destino à ilha Terceira. 

Após o embarque, o avião levantou voo com destino ao Arquipélago dos Açores. Éramos acompanhados pelos meus pais, já com uma idade provecta. Iniciámos a viagem, a qual durou quatro horas, quatro longas horas encafuados num espaço muito pequeno e com pouco ar. Finalmente, chegámos ao local de destino. Era uma pista de aviação de tamanho médio com vários aparelhos estacionados. Dirigimo-nos, então, de carrinha, para o local de alojamento dos oficiais da força aérea. Fomos seguidamente apresentados ao comandante da Base Aérea dos Açores e participámos num cocktail de boas vindas. Ficámos então instalados numa vivenda a qual fazia parte da Base Aérea. Depois de instalados e após uma refeição frugal, dirigimo-nos então à messe dos oficiais. Também havia a messe dos Sargentos, mas o meu cunhado não fazia parte dela. Tomámos uns refrigerantes e alguns cafés, devo dizer em excesso e voltámos para a vivenda. No dia a seguir, fomos visitar a ilha, vimos as típicas vacas, que eram muitas e comemos o queijo da região. No fim de semana, fomos ao supermercado americano da Base, comumente designado por Biex e onde havia frascos de aspirinas com a modesta quantidade de cem unidades! O que algumas pessoas fariam com isso... Passado uma semana, dirigimo-nos para o helicóptero da força aérea, um Puma. Visitámos todas as ilhas do Arquipélago, a saber, Santa Maria, São Miguel, Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico, Faial, Flores e Corvo. Enquanto estávamos no ar, avistámos um grupo de golfinhos, os quais eram visíveis devido à claridade da água, um azul claro. Também vimos grupos de turistas instalados em barcos a visitar a região. Diga-se de passagem que os prados verdes, vistos do topo, com as vacas são muito bonitos. Chegámos então a São Miguel, principal ilha dos Açores. Visitámos a loja do Peters, onde adquiri umas peças de roupa, as quais eram famosas, mesmo no Continente. Almoçámos e seguidamente voltámos ao ponto de partida, a Base das Lajes. Três dias depois, fomos ao vulcão das Furnas, onde almoçámos um cozido da região cozinhado num buraco de enxofre de onde saía vapor. 

Em conclusão, estas foram umas férias fantásticas, numa região maravilhosa, a qual recomendo vivamente. É uma região brilhante, com pessoas muito simpáticas e afectuosas e fiquei completamente apaixonado. Foram assim as minhas férias de sonho, a comprovar que a frase vá para fora cá dentro é simplesmente verdadeira. 

João Torgal

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